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Segurança da Informação para Pequenas e Médias Empresas (PMEs)

Era uma manhã comum quando a pequena empresa de contabilidade ConfiaContas, com apenas 12 funcionários, teve seu servidor travado por um ransomware. O sistema de gestão ficou inacessível, os dados dos clientes estavam criptografados e a mensagem exigia um pagamento em criptomoeda. O pânico se instalou. Eles nunca imaginaram que seriam um alvo.

Essa história, infelizmente, é real — e se repete todos os dias em PMEs brasileiras. Segundo a Pesquisa Nacional de Segurança da Informação (PNCSI/2023), 41% dos ataques cibernéticos no Brasil em 2023 tiveram como alvo empresas com menos de 50 funcionários (https://abes.com.br/2023-fecha-com-161-bilhoes-de-ataques-ciberneticos-em-mais-um-recorde-segundo-relatorio-da-trend-micro/).

Mas por que tantas pequenas empresas negligenciam a segurança da informação? A resposta costuma ser: "somos pequenos, não temos dados valiosos". E é justamente essa percepção que transforma essas empresas no alvo preferido de cibercriminosos.

Conscientização e Treinamento de Colaboradores

História real: Em 2022, um funcionário da pequena gráfica Gráfica TopPrint clicou em um link malicioso enviado por e-mail. O atacante obteve acesso remoto ao sistema, apagando arquivos valiosos. A empresa perdeu orçamentos e projetos em andamento.

Boas práticas:

  • Treinamentos mensais de phishing, engenharia social e higiene digital.
  • Simulações de ataque (phishing fake).
  • Políticas internas claras sobre uso de dispositivos e e-mails.

Gestão de Acessos e Identidades

Cenário: Um ex-funcionário da empresa LogiTrans manteve acesso ao sistema ERP após ser desligado. Dois meses depois, acessou remotamente e apagou documentos fiscais. Prejuízo: R$ 38 mil.

Boas práticas:

  • Autenticação multifator (MFA) em todos os sistemas.
  • Revogação imediata de acessos após desligamentos.
  • Princípio do menor privilégio: cada usuário só acessa o que precisa.

Monitoramento e Controle de Atividades

Sem monitoramento, é como deixar sua empresa de portas abertas à noite.

Exemplo: A empresa SoftMinas, especializada em software agrícola, foi espionada por um concorrente via conta de e-mail comprometida. Sem logs ou alertas, só perceberam o ataque meses depois.

Boas práticas:

  • Firewall e antivírus atualizados.
  • Monitoramento de logs e alertas em tempo real.
  • Sistemas SIEM acessíveis para PMEs (como o Wazuh ou Security Onion).

Backups e Plano de Recuperação

Caso real: A padaria Doce Massa teve seu servidor físico danificado por um pico de energia. Sem backups na nuvem, perdeu todo seu sistema de pedidos e históricos.

Boas práticas:

  • Backups diários automáticos (em nuvem e local).
  • Criptografia de backup.
  • Testes de recuperação semestrais.
  • Plano de continuidade de negócios e DRP (Disaster Recovery Plan).

Atualizações e Correções

Cenário comum: Software legado com falha conhecida (CVE) sem patch de segurança aplicado. Explorável com ferramentas gratuitas como o Metasploit.

Boas práticas:

  • Inventário de softwares.
  • Aplicação automática de atualizações de sistema.
  • Gerenciadores de patch (como WSUS ou soluções SaaS).

Políticas de Segurança

Empresas sem políticas claras têm colaboradores sem norte.

Boas práticas:

  • Documento de política de segurança da informação.
  • Política de senhas (mínimo 12 caracteres, troca anual, proibição de senhas repetidas).
  • Política de uso de dispositivos pessoais (BYOD).

Proteção de Dados e LGPD

História: A clínica Vita Centro foi multada por descuido com dados de pacientes enviados via WhatsApp sem consentimento. A LGPD exige tratamento responsável de dados sensíveis.

Boas práticas:

  • Mapeamento de dados pessoais.
  • Consentimento claro e informado.
  • Termos de privacidade e registro de incidentes.

Inventário e Gestão de Ativos

Boas práticas:

  • Inventário digital atualizado de todos os dispositivos e softwares.
  • Classificação por criticidade (alta, média, baixa).
  • Acompanhamento do ciclo de vida dos ativos.

Segurança em Nuvem e Dispositivos Móveis

Cenário: Uma PME usava Google Drive sem controle de permissões. Documentos confidenciais estavam acessíveis por ex-funcionários e até usuários externos.

Boas práticas:

  • MDM (Mobile Device Management) para celulares corporativos.
  • Políticas de acesso granular em plataformas como Microsoft 365 ou Google Workspace.
  • Auditorias de pastas e arquivos compartilhados.

Avaliações de Risco e Testes de Segurança

Boas práticas:

  • Pentests (Testes de Intrusão) anuais ou semestrais.
  • Análise de vulnerabilidades com ferramentas como OpenVAS, Nessus ou Qualys.
  • Consultoria de segurança especializada.

A Cultura de Segurança como Valor Estratégico

Empresas que sobrevivem a um incidente saem diferentes — mas muitas não sobrevivem. O Sebrae estima que 60% das PMEs fecham as portas até 6 meses após um grande vazamento de dados.

Segurança da informação não é um custo — é um investimento na continuidade do seu negócio.

🧩 Como a Brute Force Security Pode Ajudar

Na Brute Force Security, ajudamos pequenas e médias empresas a:

  • Criar políticas de segurança sob medida.
  • Aplicar práticas acessíveis, adaptadas à sua realidade.
  • Realizar treinamentos com seus times.
  • Implementar planos de resposta a incidentes.
  • Avaliar e monitorar riscos com ferramentas robustas.

Entre em contato agora mesmo e receba uma avaliação gratuita da sua segurança da informação.

Felipe Perin

Especialista em Archivematica, Access to Memory (AtoM 2), Open Journal System (OJS), preservação de acervos, segurança da informação, teste de invasão, gestão eletrônica de documentos e auditor.

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